terça-feira, 5 de julho de 2011

Semântica – Aula 13

Boa-noite a todos!
Novidades a caminho...
Em breve...
Vou postar aqui um comunicado que fiz circular pela Internet já há algum tempo; refere-se ao meu segundo livro:
A autora do livro “Raciocinando em Português”, Cláudia Assad Alvares, declara que existe uma versão NÃO AUTORIZADA circulando pela Internet no Mercado Livre e em diferentes sebos virtuais. Trata-se de um livro de CAPA PRETA; essa versão, inclusive, contém erros e diversos trechos repetidos. A autora declara ainda que A ÚNICA VERSÃO AUTORIZADA do livro é a que está sendo comercializada pela EDITORA CIÊNCIA MODERNA.
E para continuar...

Aula 13

No que tange ao quinto critério, “um termo é mais profissional que outro”, as palavras “óbito” e “morte” exemplificam-no bem, já que, quando alguém morre, atesta-se o “óbito”, por meio de um documento feito por profissionais, no caso, os médicos que trataram do paciente (não existe um “atestado de morte”).

É interessante observar que a sinonímia contém a propriedade [ou traço semântico] de “exclusão”; explico-me: a simples presença do termo “óbito”, enquanto sinônimo de “morte”, exclui uma enorme gama de significados da palavra (conforme atestado pelos corpora), pois não podemos, por exemplo, considerar aqui um significado para “morte” como em “morte dos ideais”, afinal, não se atesta o “óbito dos ideais” de alguém. Assim, o termo “óbito” restringe o significado de “morte” para tão somente “morte física”, pois, somente nesta circunstância, um médico fornece um atestado de óbito.

As palavras “navio” e “nau” exemplificam o sexto critério (um termo é mais literário que outro); uma simples leitura do corpus – Aurélio e do corpus – Caldas Aulete mostra-nos que ambas são hiperônimos, já que existem vários tipos de navio e de nau.

Aurélio e Caldas Aulete usam a abreviatura “Poét.” [Poético] para o termo “nau”, conforme atestam os corpora; de fato, é comum a palavra “nau” figurar com maior frequência em contextos literários, sobretudo quando o escrito fala do descobrimento do Brasil, do que “navio”, até porque “nau” é de emprego mais restrito (fato que agrada a muitos escritores) e não tem a mesma amplitude de “navio”.

Atualmente, o emprego de “nau” é ainda mais restrito; não dizemos, por exemplo, que “as naus da PETROBRAS” estão na Bahia de Guanabara, mas, sim, que “os navios da PETROBRAS...”.

Até a próxima...

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