quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Bem, já vimos et alii e apud; antes de estudarmos idem, ibidem e opus citatum, vamos ver algumas situações que costumam gerar dúvidas.

Já sabemos que, se houver apenas um autor, a referência será COSTA, A. R. Psicologia infantil. São Paulo: Apolo, 2006.

Pela ordem, temos: nome do autor, nome da obra, local de edição da obra, nome da editora e ano da publicação; contudo, nem sempre essas informações estão disponíveis; nesses casos, temos de indicar a ausência de uma delas.

Quando falta o local de edição da obra, isto é, quando esse local não é conhecido, indicamos essa informação do seguinte modo:

COSTA, J. R. de. Fundamentos do português. [S.l.]: Virtual, 1999.

[S.l.] = [sine loco] = [sem local]

Quando falta o nome da editora, isto é, quando a editora não é conhecida, indicamos essa informação do seguinte modo:

COSTA, A. R. Psicologia infantil. São Paulo: [s.n.], 2006.

[s.n.] = [sine nomine] = [sem nome]

E se ambos faltarem? Se tanto o local da publicação como a editora forem desconhecidos, a referência ficará:

COSTA, A. R. Psicologia infantil. [S.l.]: [s.n.], 2006.

Quando falta o ano da edição, isto é, quando a data é desconhecida, indicamos essa informação do seguinte modo:

[1971 ou 1972] = um ano ou outro;
[1969?] = data provável;
[1973] = data certa, não indicada no item;
[entre 1906 e 1912] = usar intervalos menores de 20 anos;
[ca. 1960] = data aproximada;
[197-] = década certa;
[197-?] = década provável;
[18--] = século certo;
[18--?] = século provável.

Tabela extraída da ABNT/NBR 6023, 2002, p. 17, com adaptações.

Exemplos:

[1889?] = provavelmente, a obra foi publicada em 1889;
[196-?] = provavelmente, a obra foi publicada na década de 60;
[18--?] = provavelmente, a obra foi publicada no século XIX.


Continuamos juntos na próxima mensagem.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A NOTÍCIA


Ainda existem pessoas – e não são poucas – que acreditam que o outro deve ser respeitado e agem exatamente de acordo com o que acreditam pelo simples prazer de agir assim, pois isto lhes faz um enorme bem à consciência, que permanece leve tal qual uma pluma.




sábado, 25 de outubro de 2014

Fomos criados para a felicidade e para a alegria. O caminho, às vezes árduo, deseja experimentar nossa força interior, nossa persistência. A vida sempre nos empurra para frente e para o melhor. 

Nessa caminhada, às vezes tropeçamos e cometemos erros. Mas são os erros que enriquecem a existência se conseguimos aprender com eles. As diferenças entre as pessoas, se bem administradas com o respeito que cada um merece, dão um novo sabor à vida e nos fazem crescer.



terça-feira, 21 de outubro de 2014

Histórias de antigamente...

Não me lembro bem de quem me contou esta história, mas vamos a ela:

É a história de um casal; todos os dias, à mesa do café, a mulher comentava com o marido seu assunto preferido: os péssimos hábitos de higiene da vizinha da frente, visto que o vidro da janela da dita cuja vivia sujo e ninguém limpava aquilo.

E todos os dias era a mesma coisa, o marido, um santo, escutava tudo calado e nada dizia; no entanto, não aguentava mais ouvir sempre que a vizinha deixava o vidro tão sujo que não dava para ver nada do que acontecia dentro do apartamento dela.

Até que um dia, a mulher chamou o marido às pressas: – Fulano, venha ver! A vizinha finalmente resolveu limpar o vidro da janela! Veja como está clarinho!

E o marido, desalentado, respondeu apenas: – Não foi ela que limpou o dela; fui eu que limpei o nosso...

Essa foi horrível, não? Mas tem uma razão de ser.


Continuamos juntos na próxima mensagem.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A história a seguir foi integralmente extraída do livro E para o resto da vida..., de Wallace Leal V. Rodrigues:

A panela (p. 60-61)

A velha empregada de minha família era uma preta.
Chico, o neto dela – como é costume acontecer quando não temos irmãos –, era o meu companheiro constante de brincadeiras e folguedos.
Em tudo quanto fazíamos, a parte de Chico era sempre a mais pesada, secundária e passiva.
Ele tinha que dar e, nunca, que receber.
Um dia corri para casa, à saída da escola porque Chico e eu tínhamos projetado construir uma vala que fosse do poço à lavanderia.
Sem darmos por isso, cada um de nós assumiu logo o seu papel – como de costume.
Chico era o “condenado” a trabalhos forçados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão!
A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro era quase digna de um adulto imbuído de preconceitos de cor.
Foi quando a nossa preta velha chamou-nos:
– Crianças, venham pôr a minha panela no fogão!
Corremos para a cozinha. A panela estava no chão e nós a agarramos com ambas as mãos. Mas com um grito a largamos, perplexos de que ela nos tivesse mandado pegar em uma coisa que – era evidente que sabia – estava extremamente quente.
Em seguida, em graves e brandas palavras, tão nítidas e simples que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, disse-nos assim:
– Ora! Vocês dois se queimaram. Que coisa mais engraçada! A cor da pele de vocês é tão diferente, mas a dor que estão sentindo é igual para ambos, não é verdade?
Concordamos que sim.

E nunca mais pude me esquecer desse episódio que, sem dúvida alguma, fez de mim uma pessoa diferente.


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Quando devemos usar a preposição latina apud?

A preposição latina apud, também chamada citação da citação (ou citação indireta), significa junto a e deve ser usada na seguinte situação (vejam o exemplo):


Autor X (o que vocês estão lendo no momento) = COSTA, J. R.
Autor Y (citado pelo autor X) = SILVA, C. L.




Vocês, ao lerem a citação do autor Y feita pelo autor X, desejam usar a citação do autor Y em seus trabalhos; assim, vocês transcrevem a citação do autor Y; no final dela, põem entre parênteses:

(SILVA, 1994 apud COSTA, 1998, p. 152)

Observações:

1. apenas o autor X (J. R. Costa) será mencionado em suas referências bibliográficas;

2. 1998 = ano de publicação da obra do autor X (= a obra que vocês estão lendo);

3. 152 = número da página do livro do autor X de onde vocês transcreveram a citação do autor Y;

4. 1994 = ano de publicação da obra do autor Y que está sendo usada pelo autor X.

Não sei se todos observaram, há uma diferença no modo como os sobrenomes dos autores devem figurar no texto; essa diferença depende da presença deles dentro ou fora dos parênteses.

Reparem que, dentro dos parênteses, o último sobrenome vem inteiramente em MAIÚSCULAS; já, estando fora, apenas a Primeira letra vem em maiúscula:

Bateson (1969 apud QUENTAL, 1995)

Espero que tenha ficado claro!




terça-feira, 14 de outubro de 2014

AS MENINAS DO VÔLEI

A seleção feminina de vôlei perdeu para a americana. É fato. Restou tão somente a disputa pelo bronze, conquistado na raça em jogo contra as italianas.

Após a derrota para as americanas, as meninas do Brasil (e o técnico José Roberto) admitiram que aquelas foram superiores. Naturalmente, os erros de arbitragem, por impensáveis em um jogo de tal monta, tiveram de ser mencionados – mencionados, sim; supervalorizados, não – e tampouco deram causa a alegações equivocadas.

Nossas meninas não têm nada a provar; sua competência é sobejamente conhecida. Ao longo do campeonato, jogaram como legítimas campeãs: invictas até a penúltima partida. Na fase anterior, derrotaram as americanas. Foram superiores. Mas, no momento a que ora me reporto, não foram tão bem-sucedidas. Sem qualquer sentimento negativo para com as adversárias, reconheceram. Assumiram. Simples. E somente por isso saberão onde aprimorar-se.

Mas veio o dia seguinte. E com ele a alegria da disputa pelo terceiro lugar. O campeonato acabou. As queridas meninas do Brasil voltaram para suas casas, maridos, filhos e demais familiares.

Voltariam para o dia a dia, mas traziam na bagagem preciosa lição: a de valorizar o que conquistaram. Aquele bronze fora conquistado sobre a superação. Para elas – e para o não menos querido Diego Hypolito, que fizera o mesmo –, era a melhor coisa do mundo porque aquela era a sua conquista, o que voltaria com elas, o que estava e estaria com elas dali para frente.

As americanas mereceram a vitória. Mas não seriam as vitoriosas.


Essas valentes brasileiras souberam compartilhar sua conquista: deixaram-nos o exemplo a ser seguido.


domingo, 12 de outubro de 2014

Vamos conversar um pouco sobre aquelas palavras e expressões.

Comecemos por et alii (= e outros); quando devemos usar essa expressão?

(1) Se houver apenas um autor...

COSTA, A. R. Psicologia infantil. São Paulo: Apolo, 2006.

(2) Se houver dois ou três autores...

COSTA, A. R.; SILVA, J. C.; FONSECA, M. A. Psicologia infantil. São Paulo: Apolo, 2006.

Notem que a conjunção e não é usada; os nomes são separados por ponto e vírgula.

(3) Se houver QUATRO OU MAIS autores...

ALMEIDA, A. P. et alii. Psicologia organizacional. São Paulo: Apolo, 1999.

Observações:

1. Indicamos apenas o primeiro autor e acrescentamos a expressão latina et alii;
2. et alii = expressão latina = e outros;
3. a ABNT recomenda o uso da abreviatura et al.

Observemos, agora, o fragmento a seguir:

(...) Para a compreensão dessa definição, tomaremos por base o paradoxo de Russell sobre “a classe de todas as classes que não são membros de si mesmas” (WATZLAWICK; BEAVIN; JACKSON, 1967, p. 171), por ser o mais conhecido dentre aqueles do chamado grupo lógico-matemático. (...)

No entanto, isso vale somente quando há ATÉ três autores; vamos supor que – em vez de Watzlawick, Beavin e Jackson – tenhamos Watzlawick, Beavin, Jackson e Bateson, ou seja, mais de três autores; o fragmento, então, ficará assim:

(...) Para a compreensão dessa definição, tomaremos por base o paradoxo de Russell sobre “a classe de todas as classes que não são membros de si mesmas” (WATZLAWICK et alii, 1967, p. 171), por ser o mais conhecido dentre aqueles do chamado grupo lógico-matemático. (...)


Espero que tenha ficado claro!


sábado, 11 de outubro de 2014

Existem certas palavras e expressões que são capazes de nos tirar o sono: idem, ibidem, apud, et alii, opus citatum etc.; não obstante, temos de aprender a usá-las com propriedade, o que pode não ser muito simples, visto que não basta ler a ABNT: em algumas passagens, há que se interpretá-la.

Portanto, penso que será produtivo iniciarmos uma conversa sobre esse assunto.



O flagelo da humanidade pode ser equacionado de um modo muito simples

ORGULHO + EGOÍSMO > TODOS OS OUTROS MALES.

Para saber mais sobre assédio moral, há um texto que merece ser lido: 

http://www.assediomoral.org/spip.php?article1