AS MENINAS DO VÔLEI
A seleção feminina de
vôlei perdeu para a americana. É fato. Restou tão somente a disputa pelo
bronze, conquistado na raça em jogo contra as italianas.
Após a derrota para as
americanas, as meninas do Brasil (e o técnico José Roberto) admitiram que
aquelas foram superiores. Naturalmente, os erros de arbitragem, por impensáveis
em um jogo de tal monta, tiveram de ser mencionados – mencionados, sim;
supervalorizados, não – e tampouco deram causa a alegações equivocadas.
Nossas meninas não têm
nada a provar; sua competência é sobejamente conhecida. Ao longo do campeonato,
jogaram como legítimas campeãs: invictas até a penúltima partida. Na fase
anterior, derrotaram as americanas. Foram superiores. Mas, no momento a que ora
me reporto, não foram tão bem-sucedidas. Sem qualquer sentimento negativo para
com as adversárias, reconheceram. Assumiram. Simples. E somente por isso saberão
onde aprimorar-se.
Mas veio o dia seguinte. E
com ele a alegria da disputa pelo terceiro lugar. O campeonato acabou. As
queridas meninas do Brasil voltaram para suas casas, maridos, filhos e demais
familiares.
Voltariam para o dia a
dia, mas traziam na bagagem preciosa lição: a de valorizar o que conquistaram.
Aquele bronze fora conquistado sobre a superação. Para elas – e para o não
menos querido Diego Hypolito, que fizera o mesmo –, era a melhor coisa do mundo
porque aquela era a sua conquista, o que voltaria com elas, o que estava e estaria
com elas dali para frente.
As americanas mereceram a
vitória. Mas não seriam as vitoriosas.
Essas valentes brasileiras
souberam compartilhar sua conquista: deixaram-nos o exemplo a ser seguido.
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