domingo, 2 de junho de 2019

Sobre a Bíblia II


Felizmente, há limite para tudo. Há muitas perguntas sem resposta. Ou professamos a cega, que nos manipula como se fôssemos meras marionetes, ou começamos a raciocinar e chegamos à conclusão de que alguma coisa está muito errada lá no céu.

É de se notar que até hoje a figura de Judas é alvo de execração pública, o que se pode comprovar no Sábado de Aleluia, quando o apóstolo é malhado e queimado; esse comportamento em relação a Judas decorre diretamente da imagem do apóstolo construída pelo imaginário popular; aliás, o próprio substantivo comumjudas” reveste-se de enorme carga de pejoratividade; normalmente, chamamos de “judaspessoas que consideramos traidoras.

Particularmente nesse ponto, a prepotência do ser humano não tem limites, afinal, sabemos que o próprio Jesus, ao ser crucificado, pediu ao Pai que perdoasse a todos sob a alegação de que eles não sabiam o que estavam fazendo. Se Jesus, que foi o ofendido, perdoou aos algozes, não seria muito mais lógico supor que perdoou também a Judas? E, se assim foi, por que há pessoas que não o perdoam? São maiores do que Jesus?

Não bastasse isso, somos obrigados a crer em histórias que fogem à lógica e ao raciocínio. Se é preciso viver a , então que esta seja raciocinada e não nos passe um atestado de parvos.


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