domingo, 5 de junho de 2011

Continuação da aula de Semântica - 4

Boa-noite a todos! Sejam muito bem-vindos aqui neste blog!

Vamos continuar?

5) Um termo é mais profissional que outro.

Usamos os termos ditos “profissionais” de acordo com o tipo de leitor / ouvinte; assim ocorre, por exemplo, com “cefaleia” e “dor de cabeça”; desse modo, um médico conversando com outro dirá “cefaleia” para designar um dos sintomas do paciente; já para o paciente, o termo mais apropriado será “dor de cabeça”.

6) Um termo é mais literário que outro.

Podemos citar aqui o substantivo “passamento” e a lexia complexa “a indesejada das gentes” (eufemismo) em oposição a “morte”, por exemplo; assim também, termos como “nau” e “navio”, dentre outros.

7) Um termo é mais coloquial que outro.

As gírias são um exemplo claro; assim, “estou um bagaço” e “estou cansado”. Comparemos os quatro substantivos que seguem: “semblante”, “rosto / face” e “cara”, respectivamente, formal, neutros e coloquial; não obstante serem considerados sinônimos, esses substantivos têm usos muito diferentes, senão vejamos: um sujeito que ameaça outro não diz “vou dar um soco no teu semblante” (mas “na tua cara”); lavamos o rosto e não a face e dizemos que um bebê tem a face rosada; do mesmo modo, um adulto pode ter um semblante melancólico e o rosto pálido, dentre outros usos. Acrescente-se que o binômio “rosto – face” enquadra-se ainda na primeira diferença descrita, já que a face fica no rosto.

8) Um termo é mais local ou dialetal que outro.

Há muitos exemplos para esta diferença; assim, dizemos, no Rio, por exemplo, “biscoito”, ao passo que em São Paulo usa-se o substantivo “bolacha”; do mesmo modo, dizemos “sinal”, no Rio, e “farol”, em São Paulo. O substantivo “macaxeira”, em Recife, é “aipim”, no Rio; o mesmo se dá entre os diferentes países que falam português: dizemos “elefanta”, no Brasil, e “aliá”, em alguns países do continente africano. Até dentro do mesmo Estado, há diferenças; assim, usamos no Rio (Capital) o substantivo “janela” em oposição a “jinela” em alguns municípios do interior.

Continuamos na próxima...


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