terça-feira, 21 de junho de 2011

Semântica...

Boa-noite a todos! Eu já estava com saudades!
Vamos lá, queridos?
Continuando com a semântica...
Vejamos as palavras do corpus; para enquadrar-se no segundo critério, temos as palavras “rejeição”, “recusa” e “repulsão”; naturalmente, podemos considerar “repulsão” um termo “mais intenso” que os demais, uma vez que, segundo Houaiss e Caldas Aulete, “repulsão” implica “asco”, “repugnância”, o que não acontece necessariamente com as palavras “rejeição” e “recusa”; sendo assim, a “emotividade” provocada por “repulsão” é muito mais forte. Acrescente-se a isto que, se a repulsa for revelada diante de um mendigo, por exemplo, tal atitude deverá provocar censura moral por parte de quem presencie a cena.

A rejeição, que também é um termo bastante “intenso”, ainda é mais “suave” que “repulsa”, já que podemos demonstrar rejeição por algo, alguém ou até mesmo por uma situação sem que tenhamos nojo; a rejeição poderá ser por alguma coisa que provoque profunda infelicidade, por exemplo.

Já a recusa revestir-se-á de rejeição ou até mesmo de repulsa, dependendo do modo como seja feita, pois há várias maneiras de manifestar recusa; assim, um convite pode ser recusado com delicadeza, grosseria ou asco. O fato é que as três palavras em questão, por sua própria definição, não podem ser totalmente neutras, a não ser quando descontextualizadas ou em “estado de dicionário” (CITELLI, 1986). Convenhamos que, por se tratarem de signos, ao se contextualizarem, transitarão ideologias, crenças e efeitos variados no interlocutor (CITELLI, 1986), de modo que fatores como “emotividade”, “censura” e “aprovação” passem a integrar o mesmo campo associativo.

Próxima aula, sintaxe.

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